Do hospital para casa: o que considerar na transição para o cuidado domiciliar

A transição de cuidados do ambiente hospitalar para o domicílio é um momento decisivo na trajetória de pacientes que requerem continuidade assistencial. Trata-se de um processo que precisa ser planejado de forma antecipada e individualizada, com foco na segurança, na integralidade e na humanização do cuidado.

Esse planejamento deve começar ainda durante a internação. Desde a admissão, a equipe hospitalar e os profissionais responsáveis pelo cuidado domiciliar devem atuar de forma integrada, construindo um plano que contemple as necessidades clínicas, sociais e emocionais do paciente. A alta, nesse contexto, não é um ponto final, mas uma etapa intermediária de um cuidado que se estende ao território do paciente.

Um dos momentos-chave dessa transição é a visita de captação hospitalar, realizada por membros da própria equipe que dará seguimento ao atendimento no domicílio — geralmente enfermeiros e/ou médicos. Essa visita permite conhecer de forma mais próxima o quadro clínico do paciente, estabelecer vínculo com a família e antecipar os recursos e adaptações necessários para o cuidado em casa. Essa etapa é essencial para alinhar expectativas, orientar sobre o plano terapêutico e garantir que a continuidade da assistência ocorra de forma segura e personalizada.

Além da avaliação técnica, é fundamental que a equipe prepare os cuidadores familiares para sua nova rotina, oferecendo orientações claras sobre o uso de medicações, manuseio de dispositivos, sinais de alerta e medidas preventivas. Esse processo educativo aumenta a autonomia da família, reduz complicações e favorece a adesão ao plano de cuidados.

Também é importante considerar o impacto emocional dessa transição. O retorno ao domicílio pode ser acompanhado de inseguranças, dúvidas e sobrecarga emocional. Por isso, o acolhimento e o suporte psicossocial são componentes indispensáveis de um cuidado realmente integral.

Uma transição bem planejada e conduzida, com a participação ativa de todos os envolvidos, contribui significativamente para a recuperação do paciente, reduzindo reinternações e fortalecendo o cuidado centrado na pessoa, no contexto em que ela vive.

Pedilar – Cuidar é nossa vocação.

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